Suêd Haidar Nogueira
Nascida numa família humilde de São Luís Gonzaga, no Maranhão,
Suêd Haidar sempre foi ligada a movimentos sociais.
Aos 5 anos,
mudou-se para a capital maranhense, expulsa por uma enchente que assolou o
município.
Ainda criança, ela trabalhou quebrando coco e pedra, arrastando
camarão no rio e catando caranguejo para ajudar no sustento de casa.
A vontade
de lutar por igualdade de condições surgiu ainda na infância:
- Eu e meu irmão trabalhávamos numa pedreira. E mesmo quebrando a
mesma quantidade de pedras, ele ganhava mais do que eu. Isso me revoltava.
A mudança para o Rio ocorreu em 1977. Grávida de oito meses, Suêd
veio visitar a mãe, que trabalhava como doméstica numa casa de família, e nunca
mais voltou para o Nordeste.
O primeiro emprego na Cidade Maravilhosa foi de
faxineira.
Na época, sua mãe morava na Pavuna. Ao perceber a dificuldade das
mulheres do bairro em conseguir emprego por conta da falta da creches, Suêd
transformou a casa da própria mãe em uma.
- Foi através do movimento de mulheres crecheiras que conheci
pessoas como Luís Carlos Prestes e Leonel Brizola e despertei para a política -
conta Suêd, que participou da fundação do PDT, durante o processo de redemocratização
do país no início dos anos 80.
Casada, mãe de três filhos, a
maranhense é a fundadora do Partido da Mulher Brasileira - PMB.
Queremos apresentar à nação brasileira o nosso partido, as nossas propostas. A
mulher precisa de respeito, não de pena.Um pouquinho sobre o Partido da Mulher Brasileira
O sonho de um partido voltado para as lutas pelos direitos da mulher teve início a partir dos anos 2000, alcançando êxito na fundação do Partido da Mulher Brasileira em 2008. O registro oficial deu-se em 29 de setembro de 2015.
A despeito do
nome, o partido não se identifica como feminista, mas como "feminino".
O partido se define como um partido de “mulheres progressistas”, “ativistas de
movimentos sociais e populares” e que, junto com homens, “manifestaram sempre a
sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de
opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”. Um partido que ao
contrário dos demais tem prioridade de priorizar os interesses da mulher não se
limitando a mera participação. Posiciona-se contra a legalização do aborto,
salvo nas situações já previstos em lei, e no caso de inviabilidade do
nascituro. O PMB também apoia direitos dos homossexuais, mas também se opõe a
teoria de gênero nas escolas, bem como a legalização das drogas.
Fontes pesquisa e fotos:
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